Histórico AJL

Histórico da Academia Jundiaiense de Letras

Por Júlia Heimann - Cad. 27

Em 1970, alguns escritores residentes em Jundiaí se reuniram na tentativa de fundar uma Academia de Letras na cidade. Alguns encontros foram realizados, atas foram registradas, e um anteprojeto de estatuto foi elaborado. Mas o movimento, por falta de comprometimento com a causa, não foi levado adiante, não havendo registro do estatuto, não se procedeu à fundação.

Dez anos mais tarde, em 1980, alguns escritores que tiveram a primeira iniciativa foram auxiliados por outros que se agregaram, e, assim, houve a fundação da Academia Jundiaiense de Letras.

Na ata da fundação consta que, nessa oportunidade, foi organizada uma diretoria para iniciar os trabalhos. Os diretores foram escolhidos entre os presentes à sessão e aceitaram os cargos, ficando a primeira diretoria assim constituída:

Presidente: Adelino Marques Brandão
1º.vice-presidente: Luiza da Rocha Silva Rafael
2º. vice-presidente: Fábio Rodrigues Mendes
1ª. secretária: Anna Apparecida Osti Geromel
2ª. secretária: Roberto Rodrigues de Oliveira
1º. tesoureiro: Romeu Adriani
2º. tesoureiro: Mário Mazzuia
1º. orador: Aguinaldo de Bastos
2ª. oradora: Chains Miranda Duarte
Diretora social: Yole Antiqueira Mendes Pereira
Bibliotecária: Rute Miranda Sirilo
Conselho fiscal: Josefina Rodrigues da Silva (Jorosil) e Celso Fonseca Júnior

Nessa reunião, também foi formada uma comissão para redigir parecer sobre o anteprojeto do estatuto, ficando assim constituída: Prof. Celso Fonseca Júnior, Mário Mazzuia e Aristides Prado.

O estatuto foi registrado no mesmo ano, procedendo-se, então à fundação. Em 8 de março de 1982, os primeiros vinte e nove acadêmicos tomaram posse, no segundo andar do Centro Cultural, hoje Centro de Cultura Josefina Rodrigues da Silva.

Nosso logotipo

O emblema da AJL é um trifólio, simbolizando a literatura, a escrita e a cultura. Foi idealizado pelo historiador e acadêmico Geraldo Barbosa Tomanik, dentro da simbologia heráldica.

A entidade tem como objetivo principal incentivar a cultura, propagar o culto, o estudo e a divulgação da vida e da obra de nossos personagens históricos e figuras literárias, especialmente de Jundiaí; lutar pela preservação de nossas tradições culturais; promover o aprimoramento e a preservação da Língua Portuguesa e a elevação da dignidade do escritor brasileiro.

Em ata lavrada aos dois de agosto de 1980, consta o sorteio das cadeiras de membros efetivos e seus respectivos patronos.

Em 1981, durante a gestão do prefeito prof. Pedro Fávaro, a AJL foi considerada de Utilidade Pública Municipal, pela lei 2532. O falecido acadêmico Aristides Prado, nesse mesmo ano, conseguiu, junto à Câmara Municipal de Jundiaí, que o dia de nascimento do escritor jundiaiense Wenceslau de Queiroz – dois de dezembro – fosse considerado o “Dia do Escritor Jundiaianse”.

Em 19 de setembro de 2002, a entidade foi declarada de Utilidade Pública Estadual, pela lei 11.207, projeto de lei do então deputado estadual dr. Ary Fossen.

Todos os presidentes vêm se empenhando em dignificar e divulgar o nome da Academia Jundiaiense de Letras, promovendo encontros literários, seminários, palestras com personalidades importantes da literatura brasileira, homenagens a escritores falecidos, representação cultural em outras cidades e eventos líteromusicais com grande participação do público.